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quinta-feira, 29 de abril de 2010

A crise para quem trabalha

O ataque aos trabalhadores e aos pensionistas era o mote deste governo e dos seus PEC(s).
Agora, alimentados pela crise, gerada pelos especuladores internacionais, tiraram da cartola um novo inimigo. Quem haveria de ser? Pois, os desempregados.
Estes "malandros", que não querem trabalhar, são os responsáveis pela crise económica (ou financeira, já nem sabem).
Importa reduzir os subsídios de desemprego, apregoa o governo. Justifica tal decisão com um argumento arrasador: o que se pretende é que eles voltem ao mercado de trabalho.
José Socrates, se bem me lembro, prometeu, de uma assentada, 150.000 novos empregos.
Em cumprimento desta promessa, lançou milhares e milhares de portugueses no desemprego.
Ninguém se lembra, ninguém se importa.
Os mercados são impiedosos, dizem os liberais.
Os portugueses, "deficientes", não se adaptaram às regras de tal mercado.
Como trabalham pouco e querem salários mais altos, lançam o país no caos.
Basta!
Os cortes nos subsídios de desemprego são um roubo.
A diminuição do investimento público é um logro.
A entrega das empresas públicas à voracidade dos insaciáveis capitalistas é um crime.
O desmantelamento do aparelho produtivo nacional é, verdadeiramente, a causa da crise que parece inultrapassável.
A "economia de casino" colocou este país, de bandeja, nas mãos dos capitalistas e dos especuladores internacionais.
As televisões apresentam-nos diariamente as opiniões de uns quantos engravatados que, "bem colocados na vida", transmitem a ideia de que há que fazer sacrifícios (os trabalhadores, claro).
Deixemo-nos de "tretas". Esta política não serve, esta política tem de ser mudada.



2 comentários:

  1. http://economia.publico.pt/Noticia/contencao-nas-obras-publicas-sacrifica-so-meia-autoestrada_1434738

    Não há dúvida que quem tem que pagar a chafurdice toda são as prestações sociais, o subsídio de desemprego, quem trabalha. Estes gastos de utilidade mais que discutível não podem parar porque há muitas bocas a alimentar dentro do "sistema".

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