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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Coração Civil

Matrimónio


Finalmente, o PS e o PSD assumiram a sua união de facto.
Mário Soares e outros dirigentes (mais ou menos históricos) desdobram-se em elogios a Pedro Passos Coelho.
Este marca encontros amorosos em S. Bento.
Caso Cavaco Silva não vete a nova lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, podem mesmo, em breve, contraír matrimónio.
Será, como muitos outros, um casamento de conveniência, movido por interesse e com pouco amor.
O PS quer manter-se o mais tempo possível no poder.
O PSD, ciente da fragilidade do cônjuge, quer assumir a posição de cabeça-de-casal.
O PS exige a celebração de convenção pré-nupcial. Precisa de distribuír mais alguns cargos aos seus afilhados e algumas empresas aos seus amigos.
O PSD, paciente (mas algo nervoso), está disposto a ceder, sabendo que, dentro em breve, tais lugares serão seus (embora aquelas empresas possam estar já nas mãos dos amigos da noiva).
O padrinho dos nubentes, em Belém, agradece este feliz enlace, que lhe garante uma calma reeleição.
O povo, que obviamente não será convidado para a boda, irá servir os convivas.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A crise para quem trabalha

O ataque aos trabalhadores e aos pensionistas era o mote deste governo e dos seus PEC(s).
Agora, alimentados pela crise, gerada pelos especuladores internacionais, tiraram da cartola um novo inimigo. Quem haveria de ser? Pois, os desempregados.
Estes "malandros", que não querem trabalhar, são os responsáveis pela crise económica (ou financeira, já nem sabem).
Importa reduzir os subsídios de desemprego, apregoa o governo. Justifica tal decisão com um argumento arrasador: o que se pretende é que eles voltem ao mercado de trabalho.
José Socrates, se bem me lembro, prometeu, de uma assentada, 150.000 novos empregos.
Em cumprimento desta promessa, lançou milhares e milhares de portugueses no desemprego.
Ninguém se lembra, ninguém se importa.
Os mercados são impiedosos, dizem os liberais.
Os portugueses, "deficientes", não se adaptaram às regras de tal mercado.
Como trabalham pouco e querem salários mais altos, lançam o país no caos.
Basta!
Os cortes nos subsídios de desemprego são um roubo.
A diminuição do investimento público é um logro.
A entrega das empresas públicas à voracidade dos insaciáveis capitalistas é um crime.
O desmantelamento do aparelho produtivo nacional é, verdadeiramente, a causa da crise que parece inultrapassável.
A "economia de casino" colocou este país, de bandeja, nas mãos dos capitalistas e dos especuladores internacionais.
As televisões apresentam-nos diariamente as opiniões de uns quantos engravatados que, "bem colocados na vida", transmitem a ideia de que há que fazer sacrifícios (os trabalhadores, claro).
Deixemo-nos de "tretas". Esta política não serve, esta política tem de ser mudada.



Para nós, também basta

Rui Rio, revoltado, lança um grito de revolta: Não quero ser enxovalhado.
Ameaça deixar a administração do Metro do Porto.
Ao que parece, terá de devolver alguns milhares de euros recebidos indevidamente por acumulação de funções, não permitidas por lei.
Vai-te embora! O povo do Porto agradece.

Se não os podemos vencer... roguemos-lhes pragas

Segundo o embaixador americano no México, as alterações climáticas vão-se encarregar de resolver o problema que os Estados Unidos têm com Cuba porque, em 50 anos, a ilha vai desaparecer debaixo do mar.
É este o grito de alegria de um alto responsável da administração de Obama que, finalmente, vislumbra a resolução para o "problema cubano".
Exaltemo-nos, "idiotas ocidentais".

País ao fundo

Para que conste, aqui fica este excelente texto do Nuno Ramos de Almeida

Toquem o hino que o Titanic está muito bem.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ainda se fosse para prémios aos gestores...



Enquanto se pagam quantias milionárias aos gestores públicos deste país, qualquer "pequena esmola" dada aos trabalhadores, suas famílias e reformados é encarada pelos responsáveis políticos como desperdício ou despesismo.
Metade do prémio atribuído a António Mexia pagava mais de dois anos desta merecida compensação, obtida, muitas vezes, à custa dos salários dos trabalhadores e das pensões dos reformados. 

segunda-feira, 26 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

The Velvet Underground- Run Run Run

TEMPOS DA DITADURA

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O homem que combate a corrupção em Portugal





Tem deputado que é cego

Segundo o que hoje foi noticiado em vários órgãos de comunicação social, Rui Pedro Soares, chamado à comissão de inquérito da AR sobre a alegada tentativa de compra da TVI por parte da PT (e do prévio conhecimento que o 1º ministro teria da mesma), recusou-se a prestar declarações, invocando que era arguido num outro processo ("Tagus Park").
Sem me querer pronunciar sobre a legitimidade de tal recusa (que, no mínimo, é duvidosa), Rui Pedro Soares confessou que os dois negócios estão ligados.
Só assim se percebe a sua recusa.
Será que o ex-administrador da PT pode explicar ao país onde (e como) os dois negócios se cruzam?
Será que os deputados lhe vão exigir tal explicação?
Eu, se por algum acaso da vida, vier a ser chamado a uma comissão parlamentar de inquérito, recuso-me a responder a qualquer pergunta, porque sou arguido num processo crime, por condução sem carta.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cartada








Cartada

Remobilizar

Jorge Sampaio mostra-se desagradado com a qualidade da nossa democracia.
Disse que a "Sociedade civil é pouco actuante e os poderes políticos são influenciados por "sectores corporativos", como o da Justiça".
Apela a uma "remobilização dos cidadãos".
Elogia o "estilo" do novo líder do PSD, alerta para os "perigos" da politização da justiça e da judicialização da política e defende a "diminuição" do segredo de Justiça.
Esclareceu quais são aqueles sectores corporativos: "médicos, juízes, magistrados do Ministério Público, enfermeiros e funcionários públicos".
Nunca os grandes escritórios de advogados, a que é alheio, nem a própria Ordem dos Advogados, encabeçada pelo "justiceiro" Marinho e Pinto.
Não esclarece quem pretende "judicializar" a política (deve ser o "sistema" de que falava Dias da Cunha).
Quanto ao "estilo" do novo líder do PSD, estamos conversados.
Diminuição do segredo de justiça, certamente para os pobres e desgraçados que, todos os dias, vêm a sua vida devassada em muitos órgãos da comunicação social. 
Por fim, no que diz respeito à "remobilização" dos cidadãos, faltou a indicação de um novo jogador de futebol (de preferência no activo), capaz de, a troco de uns milhões de euros, apelar à participação civíca no acto eleitoral.
Pobre discurso de quem, tendo sido Presidente da República, pouco fez para alterar o "estado das coisas" e que agora, ainda pago por todos, "lança umas bocas".

terça-feira, 20 de abril de 2010

Padre abusado por crianças

Mais intenso, só um contrato com o Tagus Park



“Ver Messi jogar é como ter um orgasmo, é um prazer incrível”

Luís Figo (apoiante)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Momentos...

Que força é essa amigo?

domingo, 18 de abril de 2010

Regurgitação 2

“Quando alguma sportinguista tiver a infelicidade de casar com um benfiquista, tem o dever de fazer com que o filho continue a ser sportinguista. Este trabalho de sapa nas famílias é fundamental e as mulheres têm um papel decisivo na orientação da vida das crianças”.

   José Eduardo Bettencourt (presidente da SAD sportinguista)

Regurgitação

"Cabo Verde não deveria ter sido independente"


  Mário Soares (ex Presidente da República)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tom Waits - Bottom of the World

Sondagens

Depois do sucesso da última sondagem lançada neste blogue (cerca de 26.000 votos), que vaticionaram a vitória do Glorioso no presente campeonato de futebol, lanço outro desafio aos milhões de visitantes.
A pergunta é simples:
Luís Figo é um "Pesetero" ou um patriota genuinamente preocupado com o destino deste país?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O tempo não é de eleições


Penso que esta foi, mais ou menos, a ideia deixada no fim-de-semana passado por Ricardo Salgado, o omnipresente banqueiro do regime.
Prova disso é a generosa distribuição de elogios, feitos pelo Partido Socialista, à eleição de Pedro Passos Coelho como líder do PSD.
Homem sensato, inteligente, hábil, ponderado, seguro de si e, principalmente, "sem pressas", foram alguns dos encómios lançados por personalidades do PS (com Mário Soares à cabeça) ao novo dirigente laranja.
Os ventos saídos do Congresso de Carcavelos não auguram nada de bom. Antes pelo contrário, com ataques à Constituição, a defesa de mais e mais privatizações e novas leis eleitorais para afastar os "pequenos" partidos da AR, tempos difíceis se aproximam.
A mensagem na ordem do dia é simples: Não é tempo de eleições (a crise não permite) e não há que ter pressa (temos que acabar o serviço).  

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vexatae quaestiones

António Figueira, que até é bom rapaz, entrou em delírio e escreveu esta trampa:
Na verdade, parece-me que ninguém está muito interessado em aprofundar a forma como defecam os europeus. Só mesmo ele.
Não comentaria este post se ele não contivesse uma profunda raiva e frustração relativamente à incapacidade dos lagartos em jogar à bola de igual para igual com o Benfica.
Sei que 26 pontos de atraso em relação ao Benfica causam mossa.
20 pontos de atraso em relação ao Sporting de Braga humilham.
No entanto, em vez de vasculhar a trampa alheia, António Figueira poderia, desta vez, mijar dentro do penico e aceitar os erros próprios.

Deixai vir a mim as criancinhas





Isto é algo de extraordinário e (embora já antigo) deixa-me, pelo menos por ora, sem palavras.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Derby II


Quem tiver lido o meu último post (um ou dois malucos, presumo eu) não poderá deixar de considerar notável (modéstia à parte) a minha antevisão do jogo Benfica-Sporting.
Deixei quatro previsões e acertei, em cheio, em três.
Em primeiro lugar a arbitragem foi má, mesmo má. A dualidade de critérios em matéria disciplinar (e não só) foi óbvia. Os jogadores do Sporting parece que possuíam um daqueles cartões estilo "você está livre da prisão", que lhes permitia fazer qualquer tipo de falta sem consequências de maior. Por outro lado, os cartões amarelos dirigidos aos jogadores do Benfica saíam do bolso de João Ferreira com uma leveza extraordinária;
Em segundo lugar e como previ, Jorge Jesus inventou. Pouco, mas inventou.
Colocou a jogar um tal Éder Luís, que mal se viu e não se percebeu muito bem o que é que estava ali a fazer;
Em terceiro lugar, o Benfica ganhou. Ganhou bem e deixou a lagartagem a 26 "pontitos";
Liedson não marcou, é certo, mas esse prognóstico foi tão só fruto da minha faceta amigável.

Derby

Enquanto 3/4 do país rói as unhas à espera do grande derby, vou fazer alguns prognósticos (antes do jogo...):
1º - A arbitragem vai ser má;
2º- Jorge Jesus vai inventar um bocadinho;
3º- Liedson vai marcar um golo;
4º- O Benfica vai ganhar.

Agora, todos à Luz, até logo.

Um comentário que não dignifica a justiça


António Marinho e Pinto, na revista de Março da Ordem dos Advogados, comenta aquilo que considera ser "uma sentença que dignifica a justiça".
Vem isto a propósito da condenação, em Faro, de um advogado que se terá apropriado da totalidade de uma indemnização paga por uma seguradora a um seu cliente.
Esse advogado terá sido condenado a uma pena de dois anos de prisão, suspensa na sua execução, pelo período de dois anos, sob a condição de este depositar à ordem do processo uma quantia de 20 mil euros.

Marinho e Pinto, subitamente a elogiar a decisão de um Tribunal (porque será?), ainda não transitada em julgado (note-se), lança um comentário:
"(...) o único reparo que há a fazer ao acórdão é o de que ele só peca por defeito, ou seja, em vez de suspender durante dois anos a execução da pena de prisão sob a condição de o arguido depositar à ordem do processo a quantia de 20 mil euros, o Tribunal Colectivo deveria antes ter ordenado o imediato cumprimento da pena de prisão, cumprimento esse que só cessaria quando o arguido depositasse aquela quantia à ordem do tribunal".
De seguida, ameaça: "(...) logo que a condenação transitar em julgado, e dado que não restam dúvidas de que o crime em causa é gravemente desonroso, irei desencadear os adequados procedimentos para a instauração de um processo para averiguação da inidoneidade para o exercício profissional por parte do advogado em causa".

Não vou entrar em considerações sobre a demagogia de tal posição.
Não pergunto para onde foi atirado o príncipio da presunção de inocência do arguido (por vezes, tão caro ao Dr. Marinho e Pinto).
Nem quero saber porque é que, de repente, o senhor Bastonário descobre decisões judiciais que dignificam a justiça.
Poderia fazer tudo isto, mas hoje não me apetece.
Fica só uma pequenina questão: Porque é que o Bastonário da Ordem dos Advogados não esclarece, no seu comentário, qual a norma legal (de direito penal) que permite a um juiz mandar alguém para a cadeia, a prazo e até que pague uma dívida?

Pausa para publicidade

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Euro








Do António Figueira fica aqui este excelente texto

Galp

A Galp, empresa estratégica nacional, obteve um lucro de 213 milhões de euros em 2009.
Anuncia que vai distribuír tal montante pelos accionistas e, certamente, pelos seus gestores (prémios).
Quanto aos seus trabalhadores (aqueles que produziram essa enorme riqueza), apela à solidariedade nacional e à responsabilidade, porque o país não suporta aumentos salariais.
Carreguem as botijas, que até já as fizemos mais leves...

Justicialismo

Baltasar Garzón parece ter caído em desgraça.
Dizem uns, que tal se deve ao facto de ter ousado "investigar" os crimes do franquismo.
Não sei. O hiper-mediático juiz espanhol terá sido, ao que parece, vítima da sua própria ânsia de protagonismo.
Com uma ambição desmedida, procurando o justicialismo, aquém e além fronteiras (espanholas), caíu em desgraça, envolvido em esquemas nebulosos.
Conhecido pelo "combate feroz" que dirigiu à ETA, enredou-se numa teia de interesses que, na verdade, o tramaram.
A justiça e o justicialismo são coisas bem diferentes. Mais a mais quando o que se procura é alimentar um enorme ego e não servir a causa pública.

domingo, 11 de abril de 2010

Ministério Público

Fica aqui, para ler, a entrevista de João Palma ao CM de hoje.

Amnistia


No encerramento do Congresso do PSD, Pedro Passos Coelho tirou da cartola um discurso deveras interessante.
Após uns ataques à Constituição (como se impunha), culpada de todos os nossos males, falou em esquecer o passado, em não explorar "telhados de vidro", próprios ou alheios.
O que é preciso é olhar para o futuro e "fazer diferente", disse ele.
O que na realidade disse foi: esqueçamos a "Face Oculta", os "Submarinos", etc.
Olhemos para o futuro.
Isto é uma verdadeira amnistia (inconstitucional, diga-se), decretada por um novo e jovem dirigente partidário.
O povo português, parece-me, nunca irá ter o "direito à verdade".
Os prevaricadores, anuncia-se, nunca irão ser punidos, a bem do futuro e a bem da nação.

sábado, 10 de abril de 2010

PSD - O cheirinho a poder

Realiza-se este fim-de-semana mais um congresso do PSD (parece que é o 33º).
O mote é o apelo à unidade.
Não era necessário. Cheirando a fim de ciclo, os sociais-democratas (barões incluídos) já se colaram a Pedro Passos Coelho, a quem reconhecem a capacidade de os conduzir ao poder.
Discutir ideias? Não. Apresentar propostas? Para quê?
Importa é chegar lá, que a abstinência já é longa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Redondo Vocábulo

Sem comentários

Corrupção

O fenómeno da corrupção está, definitivamente, na ordem do dia.
Fazem-se discursos, mais ou menos inflamados, organizam-se conferências e colóquios, criam-se comissões, apresentam-se números e estatísticas. Tudo com o nobre objectivo de combater este flagelo.

Há uma ideia perigosa que está a fazer escola no nosso país (e não só). É  aquela de que todos os políticos são corruptos e que, como uma fatalidade, temos de conviver com isso.
Esta ideia é perigosa por várias ordens de razão.
 Desde logo, porque não é verdadeira. existem milhares de políticos e decisores (autarcas, deputados e governantes) que não são corruptos. São pessoas sérias e que querem servir o país.
Em segundo lugar, esta ideia, criando descrença na democracia, abre as portas a "soluções" totalitárias de regime.

Diz-se que a percepção social do fenómeno da corrupção é superior à sua real dimensão.
Também acho que sim.
A corrupção existe na nossa sociedade como existem muitos outros fenómenos criminais (homicídios, roubos, fraudes fiscais, etc.).
Vamos acabar com ela? Talvez não.
É necessário combatê-la? Sem dúvida.
Como? Perguntam muitos...
Alguns passos podem ser dados.
O primeiro é nosso, dos cidadãos. Que tal deixar de votar em políticos que estão manifestamente envolvidos em esquemas de corrupção (alguns deles já condenados pelo sistema judicial)?
Depois, que tal exigir ao Estado que dote as entidades encarregues da prevenção e da repressão deste fenómeno (polícias e tribunais) dos necessários meios?
Por último e só a título de exemplo, porquê não batalhar pelo fim das off-shores?
O combate é de todos, não basta lamentar.

Liverpool 4 - Benfica 1

Só hoje escrevo este post porque estive em recuperação.
Considero Jorge Jesus um bom treinador. Penso mesmo que, na actualidade, será o melhor treinador a actuar em Portugal.
Aquilo que ele fez com o Benfica, que herdou da época passada, é notável. Com dois ou três reforços, pegou numa equipa desmotivada, mediana e sem ambição e transformou-a numa equipa vencedora e, a espaços, esmagadora.
Dito isto, importa admitir um facto evidente. Ontem, Jorge Jesus derrotou o Benfica.
Desde logo, o discurso antes do jogo era de alguém que,  descrente, pressentia a derrota.
Falou de cansaço e desvalorizou a participação nesta Liga Europa.
Depois, a formação posta em campo revelou três erros fatais:
1º - Quim, em excelente forma, nunca deveria ser substituído por Julio César, jogador sem qualquer rodagem e experiência  internacional;
2º- A dupla de centrais Luisão/David Luís, que tão bons resultados tem dado, não poderia ter sido desfeita num jogo desta importância (Sidney, que poderá ser um bom jogador, não tem qualquer ritmo competitivo);
3º - A colocação de dois médios defensivos (Javi Garcia e Airton) revelou uma completa falta de ambição e o medo (não o respeito) que sentiu pelo adversário.
Jorge Jesus pode invovocar todas as desculpas (fatiga, excesso de jogos, pouco tempo de recuperação, etc.), mas a verdade é que falhou e falhou em toda a linha.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fantástico

Leonel Messi 4 - Arsenal 1

Até quando?

Problemas com a "Face oculta"?
Tomem lá dois submarinos...
Ai, enviaram os submarinos? Então vamos lá revisitar essas casitas na Guarda.
Assim vai este país.
Os partidos do "arco da governação", embora "irmãos", fustigam-se entre si.
Procuram o próximo escândalo, que abafe o anterior.
Os casos de corrupção, de negociatas e de compadrio sucedem-se a um ritmo vertiginoso.
O Presidente calcula os timings da sua reeleição, amarrado às tácticas e às estratégias.
A AR cria comissões de ética e de inquérito.
O Governo propõe falsas soluções para os problemas do país.
A justiça, dentro de um colete de forças, estrebucha.
A comunicação social, desorientada, não sabe para onde se virar.
O país, atónito, já nem reage.
O povo, de cinto apertadíssimo, no desemprego e na miséria, sai para a rua.

E o 25 de Abril tão perto... 

Democracia corrupta

Dexo aqui, sem qualquer comentário, este texto de José António Barreiros.


A lei corrupta

"Tenho sempre medo de comentar notícias de jonais. É que temos muita imprensa do «diz-se». E depois fica a responsabiliadde do comentário e a irresponsabilidade do que se comentou.

A ser verdade o que diz-se por aí o PS quer obrigar os juízes e procuradores a declararem rendimentos antes e depois do início de funções. Alega que isso é para combater a corrupção. Ora é patente que uma tal medida não visa combater corrupção alguma, sim rebaixar os que combatem a corrupção.

É uma medida de vingança política não de legitimidade jurídica.

Não que os juízes em democracia estejam acima de suspeita.Ninguém está.

A questão é outra. É que se for assim vamos a isto. Que todos declarem: políticos e não políticos, tudo quanto mexe em dinheiro ou em poder, na vida pública ou privada, militares, empresários, padres e infiéis, meninas da vida para o caso de traficarem influência no segredo das alcovas, garotos de programa para o caso de amaciarem os canais do poder.

Sejamos claros: a razão que levou o Estado a legislar no sentido de obrigar os políticos a entregarem declarações de riqueza foi a evidência que se tornava grave suspeita a de haver uns cidadãos que chegavam à vida pública com uma mão atrás e outra à frente e em breve trecho estavam milionários.

Foi uma lei para afastar uma suspeita que estava criada, uma lei defensiva que os políticos aprovaram para si próprios para que pelo cruzamento de dois papéis se lhes passasse carta de seriedade.

Ora que suspeitas há quanto a juízes que justifiquem esta lei? Digam-me quantos foram condenados, quantos acusados, quantos investigados? Nenhumas que eu saiba.

Vergonha pois e falta de pudor. A lei contra a corrupção dos magistrados é a lei de uma democracia corrupta. Nada como os viciosos para não acreditarem na virtude."

Trastes II

Camilo Lourenço, aquele que qualifica a antiga RDA de "traste", não surpreende.
Hoje, no Jornal de Negócios, aparentemente em análise às críticas dirigidas por António José Seguro e Mira Amaral aos 3,1 milhões de euros recebidos por António Mexia, a título de prémios, diz que tudo não passa de "populismo estúpido".
Este comentador, que passa (pelo menos) metade da sua vida a defender os cortes salariais dos trabalhadores e dos apoios sociais concedidos pelo Estado aos mais desfavorecidos, acha muito bem que gestores de empresas onde esse mesmo Estado tem uma participação significativa aufiram estes "prémios" absurdos.
Diz ele que a remuneração variável continua a ser a melhor solução para premiar (ou penalizar) gestores.
Ainda hoje, o DN informa que António Mexia ganha mais do que Steve Balmer (presidente da Microsoft) e do que Steve Jobes (presidente da Apple).
Nunca vi nenhum destes "nossos" gestores ser penalizado por má gestão ou por gestão ruiniosa de empresas do sector público ou participadas pelo Estado.
Por outro lado, esta situação ultrapassa a fronteira meramente empresarial ou economicista. Passa para o campo da moral e da ética.
Num país em que diariamente se pedem mais e mais sacrifícios aos trabalhadores, em que, mensalmente, milhares perdem os seus empregos, não será mesmo obscena a atribuição de tais benesses?
Já agora, quando é que esses prémios são distribuídos por todos os trabalhadores, responsáveis pelos bons resultados das empresas?

Terrorismo?


Pilotos dos EUA disparam contra civis e jornalistas da Reuters em Bagdad.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Música

Música

sábado, 3 de abril de 2010

Música

Mensagem Pascal

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ainda a propósito dos submarinos

Pedrada



"Saquei" este texto ao José, já que não comprei o Público de hoje.
Pertence a José Manuel Fernandes e é extraordinário.
Eu também não tenho muitas palavras para o comentar.
Aqui fica:
«Não sou crente. Educado na fé católica, passei pelo ateísmo militante e hoje defino-me como agnóstico. Talvez não devesse, por isso, pôr-me a discutir os chamados “escândalos de pedofilia” na Igreja Católica. Até porque não sei se, como escreveu António Marujo neste jornal – no texto mais informado publicado sobre o tema em jornais portugueses -, estamos ou não perante “A maior crise da Igreja Católica dos últimos 100 anos”.
Tendo porém a concordar com um outro agnóstico, Marcello Pera, filósofo e membro do Senado italiano, que escreveu no Corriere della Sera que se, sob o comunismo e o nazismo, “a destruição da religião comportou a destruição da razão”, a guerra hoje aberta visa de novo a destruição da religião e isso “não significará o triunfo da razão laica, mas uma nova barbárie”. Por isso acho importante contrariar muitas das ideias feitas que têm marcado um debate inquinado por muita informação errada ou manipulada.
Vale por isso a pena começar por tentar saber se o problema da pedofilia e dos abusos sexuais – um problema cuja gravidade ninguém contesta, ocorram num colégio católico, na Casa Pia ou na residência de um embaixador – tem uma incidência especial em instituições da Igreja Católica. Os dados disponíveis não indicam que tenha: de acordo com os dados recolhidos por Thomas Plante, professor nas universidades de Stanford e Santa Clara, a ocorrência de relações sexuais com menores de 18 anos entre o clero do sexo masculino é, em proporção, metade da registada entre os homens adultos. É mesmo assim um crime imenso, pois não deveria existir um só caso, mas permite perceber que o problema não só não é mais frequente nas instituições católicas, como até é menos comum. Tem é muito mais visibilidade ao atingir instituições católicas.
Uma segunda questão muito discutida é a de saber se existe uma relação entre o celibato e a ocorrência de abusos sexuais. Também aqui não só a evidência é a contrária – a esmagadora maioria dos abusos é praticada por familiares próximos das vítimas – como o tema do celibato é, antes do mais, um tema da Igreja e de quem o escolhe. Não existiu sempre como norma na Igreja de Roma e hoje esta aceita excepções (no clero do Oriente e entre os anglicanos convertidos). Pode ser que a norma mude um dia, mas provavelmente ninguém melhor do que o actual Papa para avaliar se esse momento é chegado – até porque talvez ninguém, no seio da Igreja Católica, tenha dedicado tanta atenção ao tema dos abusos sexuais e feito mudar tanta coisa como Bento XVI.
Se algo choca na forma como têm vindo a ser noticiados estes “escândalos” é o modo como, incluindo no New York Times, se tem procurado atingir o Papa. Não tenho espaço, nem é relevante para esta discussão, para explicar as múltiplas deturpações e/ou omissões que têm permitido dirigir as setas das críticas contra Bento XVI, mas não posso deixar de recordar o que ele, primeiro como cardeal Ratzinger e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, depois como sucessor de João Paulo II, já fez neste domínio.
Até ao final do século XX o Vaticano não tinha qualquer responsabilidade no julgamento e punição dos padres acusados de abusos sexuais (e não apenas de pedofilia). A partir de 2001, por influência de Ratzinger, o Papa João Paulo II assinou um decreto – Motu proprio Sacramentorum Sanctitatis Tutela – de acordo com o qual todos os casos detectados passaram a ter de ser comunicados à Congregação para a Doutrina da Fé. Ratzinger enfrentou então muitas oposições, pois passou a tratar de forma muito mais expedita casos que, de acordo com instruções datadas de 1962, exigiam processos muito morosos. A nova política da Congregação para a Doutrina da Fé passou a ser a de considerar que era mais importante agir rapidamente do que preservar os formalismos legais da Igreja, o que lhe permitiu encerrar administrativamente 60 por cento dos casos e adoptar uma linha de “tolerância zero”.
Depois, mal foi eleito Papa, Bento XVI continuou a agir com rapidez e, entre as suas primeiras decisões, há que assinalar a tomada de medidas disciplinares contra dois altos responsáveis que, há décadas, as conseguiam iludir por terem “protectores” nas altas esferas do Vaticano. A seguir escolheu os Estados Unidos – um dos países onde os casos de abusos cometidos por padres haviam atingido maiores proporções – para uma das suas primeiras deslocações ao estrangeiro e, aí (tal como, depois, na Austrália), tornou-se no primeiro chefe da Igreja de Roma a receber pessoalmente vítimas de abusos sexuais. Nessa visita não evitou o tema e referiu-se-lhe cinco vezes nas suas diferentes orações e discursos.
Agora, na carta que escreveu aos cristãos irlandeses, não só não se limitou a pedir perdão, como definiu claramente o comportamento dos abusadores como “um crime” e não apenas como “um pecado”, ao contrário do que alguns têm escrito por Portugal. Ao aceitar a resignação do máximo responsável pela Igreja da Irlanda também deu outro importante sinal: a dureza com que o antigo responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé passou a tratar os abusadores tem agora correspondência na dureza com que o Papa trata a hierarquia que não soube tratar do problema e pôr cobro aos crimes.
De facto – e este aspecto é muito importante – a ocorrência destes casos de abusos sexuais obriga à tomada de medidas pelos diferentes episcopados. Quando isso acontece, a situação muda radicalmente. Nos Estados Unidos, país onde primeiro se conheceu a dimensão do problema, a Conferência de Dallas de 2002 adoptou uma “Carta para a Protecção de Menores de Abuso Sexual” que levaria à expulsão de 700 padres. No Reino Unido, na sequência do Relatório Nolan (2001), acabou-se de vez com a prática de tratar estes assuntos apenas no interior da Igreja, passando a ser obrigatório dar deles conta às autoridades judiciais. A partir de então, como notava esta semana, no The Times, William Rees-Mogg, a Igreja de Inglaterra e de Gales “optou pela reforma, pela abertura e pela perseguição dos abusadores em vez de persistir no segredo, na ocultação e na transferência de paróquia dos incriminados”.
Bento XVI, que não despertou para este problema nas últimas semanas, não deverá precipitar decisões por causa desta polémica. No passado domingo, durante as cerimónias do Domingo de Ramos, pediu aos crentes para não se deixarem intimidar pelos “murmúrios da opinião dominante”, e é natural que o tenha feito: se a Igreja tivesse deixado que a sua vida bimilenar fosse guiada pelo sentido volátil dos ventos há muito que teria desaparecido.
Ao mesmo tempo, como assinalava John L. Allen, jornalista do National Catholic Reporter, em coluna de opinião no New York Times, “para todos os que conhecem a experiência recente do Vaticano nesta matéria, Bento XVI não é parte do problema, antes poderá ser boa parte da solução”.
Uma demonstração disso mesmo pode ser encontrada na sua primeira encíclica, Deus Caritas Est, de 25 de Dezembro de 2005, ano em que foi eleito. Boa parte dela ocupa-se da reconciliação, digamos assim, entre as concepções de “eros”, o termo grego para êxtase sexual, e de “ágape”, a palavra que o cristianismo adoptou para designar o amor entre homem e mulher. Se, como referia António Marujo na sua análise, o teólogo Hans Küng considera que existe uma “relação crispada” entre catolicismo e sexualidade, essa encíclica, ao recuperar o valor do “eros”, mostra que Bento XVI conhece o mundo que pisa.
Por isso eu, que nem sou crente, fui informar-me sobre os casos e sobre a doutrina e escrevi este texto que, nos dias inflamados que correm, se arrisca a atrair muita pedrada. Ela que venha. ».

Eu só acho que este texto não atrai uma pedrada maior do que aquela que tem o seu autor.





Vão-se os dedos...

Ao que parece e segundo noticía o Expresso de hoje, um ajudante de farmácia das Caldas das Taipas, afogado em dívidas e em desepero com as perdas sofridas no "jogo da bolsa", cortou os cinco dedos da mão esquerda.
Havia-se endividado para comprar acções em bolsa e uma das suas contas bancárias registava um saldo negativo de €35.000.
Pretenderia, com este gesto, receber €691.000, de quatro seguradoras.
Na sua versão, "Estava a esgalhar uma palmeira, a machadinha fugiu-me e como tinha a mão esquerda na palmeira a machadinha cortou-me os dedos".
Ter-se-à provado, no entanto, que o ajundante de farmácia se automutilou, após ter alterado alguns seguros.
Resultado final, foi condenado a dois anos de prisão, cuja execução ficou suspensa e a indemnizar os bombeiros que o socorreram, em €1.000.
Agora, só lhe resta vender os anéis.

Vómitos

Miguel Sousa Tavares continua igual a si mesmo.
Hoje, no Expresso, após elogiar o excelente jornalismo do " Der Spiegel" e o êxito das investigações alemãs no caso dos submarinos, dispara: "E, se isto (a investigação) vai assim na alemanha, preparem-se para as suas repercussões em Portugal (que, todavia, podem muito bem acabar em nada, porque aqui quem investiga é o nosso prestigiadíssimo Ministério Público...).
Talvez não fizesse muito mal ao neurónio de Miguel Sousa Tavares ler isto.

Champagne para todos

Trastes


Camilo Lourenço, alguém que qualifica a antiga RDA de "traste", alerta os "países indiciplinados" (leia-se os PIIGS) para apertarem os cintos, já que a Alemanha está a fechar a torneira dos apoios financeiros.
É interessante seguir o seu raciocínio.
Para este militante do PEC (embora o considere brando) e fã das agências de rating, a Alemanha está mais "virada para dentro" e só nos resta portar bem.
Portar bem, para ele, significa disciplina orçamental. E, disciplina orçamental já se sabe o que significa: congelamento dos salários, fim dos apoios sociais, fim dos investimentos públicos, etc.
Só assim poderemos voltar a contar com a "solidariedade" dos nossos parceiros comunitários (Alemanha e França) e "ir vivendo".
Nunca acreditei muito na solidariedade dos nossos parceiros europeus e acho que a Alemanha sempre esteve "virada para dentro".
 Os ditos apoios financeiros são concedidos na exacta medida dos seus interesses e dos interesses dos grandes grupos económicos (que acabam por ser os mesmos).
Se os "PIIGS" não tiverem dinheiro quem compra os Mercedes, BMWs, submarinos e fragatas?
A receita é simples: Tomem lá o dinheiro, não se descontrolem porque vão ter de o pagar (com juros, claro) e, com ele, comprem os nossos produtos.
O resultado é óbvio, o dinheiro entra duas vezes nas economias desses grandes países.
Apoio a solidariedade internacional, mas acredito que a solução só pode estar em nós.
Sem desenvolvimento e sem um aparelho produtivo sólido e consistente, ficaremos sempre à mercê dos "apoios" de que tanto gosta Camilo Lourenço e que a tantos agrada.
E assim continuaremos a "ir vivendo", com todos os trastes que nos impõem.
  

À mesa das decisões

O Almirante Reis Rodrigues considera desastrosa a possibilidade de Portugal anular o contrato de aquisição dos submarinos encomendados à Alemanha.
Afirma que os mesmos são fundamentais para a segurança da costa portuguesa e aduz três razões principais:
Primeira, o submarino é a única arma que o país pode operar sem expor superioridade militar, por actuar de forma encoberta;
Segunda, o país é uma "autoridade operacional submarina" no âmbito da NATO, por ter submarinos, o que lhe permite controlar a sua área de interesse directo e os movimentos submarinos. Sem estes aparelhos "deixa de saber o que se passa na sua área", o que passará a ser feito pelos vizinhos, Espanha e França. Na prática, a posse de submarinos dá ao país a possibilidade de se sentar à mesa das decisões;
Terceira, os submarinos permitem a recolha antecipada de informação para a operação de meios militares. "São o meio ideal, vão à frente.".
A mim, que não percebo nada destes assuntos de estratégia militar (limitei-me a cumprir o serviço miltar obrigatório), estes argumentos não me dizem muito. Mas o que é certo é que a própria Nato, como foi noticiado em Abril de 2004, classificou este negócio como um desperdício e recusou-se a apoiar o mesmo.
Por outro lado, parece-me extraordinário que Portugal tenha de cumprir um contrato quando a outra parte manifestamente o não fez (pelo menos no que diz respeito às contapartidas) e quando a sua celebração possa estar minada por actos de corrupção. 
Entretanto, a Grécia, em desespero para conseguir apoios internacionais no combate à sua difícil situação económica e financeira, viu-se obrigada a "aceitar" três submarinos alemães e seis fragatas francesas (estas no valor de 2.5 mil milhões de euros).
Assim, a Grécia já se pode sentar à mesa das decisões, das parvas e connosco.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Momento musical II