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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Matrimónio


Finalmente, o PS e o PSD assumiram a sua união de facto.
Mário Soares e outros dirigentes (mais ou menos históricos) desdobram-se em elogios a Pedro Passos Coelho.
Este marca encontros amorosos em S. Bento.
Caso Cavaco Silva não vete a nova lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, podem mesmo, em breve, contraír matrimónio.
Será, como muitos outros, um casamento de conveniência, movido por interesse e com pouco amor.
O PS quer manter-se o mais tempo possível no poder.
O PSD, ciente da fragilidade do cônjuge, quer assumir a posição de cabeça-de-casal.
O PS exige a celebração de convenção pré-nupcial. Precisa de distribuír mais alguns cargos aos seus afilhados e algumas empresas aos seus amigos.
O PSD, paciente (mas algo nervoso), está disposto a ceder, sabendo que, dentro em breve, tais lugares serão seus (embora aquelas empresas possam estar já nas mãos dos amigos da noiva).
O padrinho dos nubentes, em Belém, agradece este feliz enlace, que lhe garante uma calma reeleição.
O povo, que obviamente não será convidado para a boda, irá servir os convivas.

1 comentário:

  1. O povo vai servir, vai. Como, em outros tempos, se dizia que a mulher tinha que servir o seu marido.

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