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quarta-feira, 23 de março de 2011


O antigo ministro socialista diz que o país deve ir a votos perante a perda de confiança no Governo de José Sócrates.

"Rompeu-se a confiança em torno do Governo", diz João Cravinho em declarações à Renascença, comentando uma notícia hoje avançada pelo Diário Económico, que dá conta que o défice orçamental de 2010 está em risco de ser corrigido, ultrapassando claramente o valor inferior a 7% que tem sido adiantado pelo Governo e furando a meta prometida ao país, à Comissão Europeia e aos mercados de divida.

Para o socialista, a "criatividade" e os "malabarismos" contabilísticos já deram o que tinham a dar: "Há regras de contabilização de encargos, de despesas, de inscrições orçamentais segundo os anos em que devem ocorrer e, portanto, eu suponho que o Eurostat queira que sejam cumpridas e não haja excepções. Em matéria de contabilidade pública (...) sejam quais forem as regras é preciso que sejam aplicadas com bom senso, mas também com verdade", justifica.

João Cravinho defende que o país deve ir a votos perante a perda de confiança no Governo de José Sócrates. O socialista diz entender os apelos do PS para que se evite uma crise política, mas não os subscreve.

"Compreendo perfeitamente os apelos que têm sido feitos no sentido de se evitar a realização de eleições. Haverá consequências negativas para o país. Simplesmente rompeu-se a confiança em torno do Governo tanto em Portugal como nos meios comunitários. Nestas condições julgo que é preciso ter um Governo que seja efectivamente capaz de dialogar, pelo menos, sem ser sob suspeição ou num clima - a priori - de grande tensão de alguma desconfiança", defende.

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