Camilo Lourenço, aquele que qualifica a antiga RDA de "traste", não surpreende.
Hoje, no Jornal de Negócios, aparentemente em análise às críticas dirigidas por António José Seguro e Mira Amaral aos 3,1 milhões de euros recebidos por António Mexia, a título de prémios, diz que tudo não passa de "populismo estúpido".
Este comentador, que passa (pelo menos) metade da sua vida a defender os cortes salariais dos trabalhadores e dos apoios sociais concedidos pelo Estado aos mais desfavorecidos, acha muito bem que gestores de empresas onde esse mesmo Estado tem uma participação significativa aufiram estes "prémios" absurdos.
Diz ele que a remuneração variável continua a ser a melhor solução para premiar (ou penalizar) gestores.
Ainda hoje, o DN informa que António Mexia ganha mais do que Steve Balmer (presidente da Microsoft) e do que Steve Jobes (presidente da Apple).
Nunca vi nenhum destes "nossos" gestores ser penalizado por má gestão ou por gestão ruiniosa de empresas do sector público ou participadas pelo Estado.
Por outro lado, esta situação ultrapassa a fronteira meramente empresarial ou economicista. Passa para o campo da moral e da ética.
Num país em que diariamente se pedem mais e mais sacrifícios aos trabalhadores, em que, mensalmente, milhares perdem os seus empregos, não será mesmo obscena a atribuição de tais benesses?
Já agora, quando é que esses prémios são distribuídos por todos os trabalhadores, responsáveis pelos bons resultados das empresas?
Por outro lado, esta situação ultrapassa a fronteira meramente empresarial ou economicista. Passa para o campo da moral e da ética.
Num país em que diariamente se pedem mais e mais sacrifícios aos trabalhadores, em que, mensalmente, milhares perdem os seus empregos, não será mesmo obscena a atribuição de tais benesses?
Já agora, quando é que esses prémios são distribuídos por todos os trabalhadores, responsáveis pelos bons resultados das empresas?
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